sábado, abril 17, 2004

A coisa que eu mais me lembro dele, é o tenis. Ele queria muito um tenis diferente, que ele nao achava e etcs.O fato de ele ser um meninao. E todo aquele jeito sapeca, me prendiam. Me faziam de fantoche na vida dele.

É dificil encontrar alguem que seja tão vivaz e ao mesmo tempo tão vil e mesquinho.

E quando ele entrou no meu carro, da ultima vez, eu me lembro de muito pouco.
Ele tinha na mao a blusa do uniforme de trabalho, um perfume, uns papeis e a carteira dele.
Falava coisas tão absurdas. Falava que coisas erradas na vida dele, eram minha culpa. E por um momento, aquilo quis parecer certo, de tão forte e convincente que o argumento foi.
Mas não. Da ultima vez foi diferente. O feitiço tinha acabado.
E quando ele terminou de falar, eu senti um ímpeto de dizer o que eu tava sentindo.
E eu disse.
E ele se enfureceu e saiu do carro.
Antes de fechar a porta, ele colocou o pé na borda e mostrou o tenis, que ele tava procurando tanto, no pé dele. E se aquilo, de alguma forma, era uma maneira de impedir o afastamento, ou iniciar uma conversa. Não funcionou. E eu fechei a porta do carro.

Ele entrou em casa. E eu chorei.
Chorei 1 minuto...sei lá. De repente, eu me vi forçando o choro. Coisa que eu NUNCA precisei.
Tipo...forçar choro? Fazer ceninha? Sem ser verdadeiro?

Puts...aquilo foi o fim.
Pior que o cara ser pessimo, é voce descobrir que até o teu amor, ele conseguiu destruir. Incrivel.

E tudo acabou no tenis. Sempre o maldito tenis.